quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Falar é fácil, eu quero ver é fazer!!!


Amigos,

Antigamente a palavra BILHÃO era muito rara, até tinha uma piada do milionário mais prudente que falava com o gastador. Quando você fala de BILHÕES como se falasse milhões, antigamente o sujeito quando muito roubava era R$ 1 milhão e hoje em dia só vemos notícias de que no INSS uma quadrilha teria roubado Meio BILHÃO... R$ 1 BILHÃO. Os traficantes que foram descobertos na Ilha do Governador tinham roubado mais de R$ 2 BILHÕES.

Gente, se a conta não estiver errada R$ 1 BILHÃO é equivalente a R$ 1000 milhões. Veja só, R$ 1 milhão é uma grana que quem ganha bem, digamos assim, uns R$ 10.000 por mês (que é uma grana bem legal), o cara levaria 100 meses para ganhar, ou seja, quase 10 anos.

O governo também descobriu a força da palavra BILHÃO, que tem a potência de um tiro de CANHÃO que bate na cara da gente e se faz respeitar, parece um elefante nos esmagando. Por isso, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) só fala assim, a grande novidade é agora substituir a realidade pelo som das palavras, pelas afirmações bombásticas porque sabem que ninguém vai conferir, mesmo porque ninguém tem saco pra isso.

Mesmo depois da CPMF derrotada, pelo desejo da oposição de prejudicar o país para prejudicar o Lula, no melhor estilo PT da época FHC - do quanto pior melhor – mesmo depois dessa derrota os BILHÕES continuam a cantar. É só falar, é simples como diz o Lula, o Paulo Bernardo, a Dilma... é mole, é só falar: “O metrô de Fortaleza, Belo Horizonte, São Paulo e Recife receberão R$ 3 BILHÕES”. “Para a economia do Centro Oeste, mais R$ 24 BILHÕES”. “Para o saneamento em São Paulo, R$ 5 BILHÕES”. “O Rio São Francisco (se o Bispo não morrer de fome) vai levar R$ 7 BILHÕES para a transposição”. E por aí vai: ciência, cultura, esporte...

Só que das 740 ações que compõem o PAC, quase 50% não saíram (e nem vai sair) do papel, e os números muitas vezes são maquiados, misturados a recursos velhos. Tudo isso num ímpeto de “justiceirismo” tardio numa época em que deveria caber ao Estado a tarefa de “se enxugar” de “emagrecer”, depois fechar os recursos e investimentos privados por ele controlados e eventualmente associados.

Não adianta só dar o dinheiro, enfiar “goela abaixo” os BILHÕES. O importante é que os recursos sejam aplicados em obras que estimulem a permanência, um crescimento continuado e não paralelepípedos de bilhões que pairam no ar e no tempo.

Eu espero estar errado...

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