Tropa de Elite

Amigos, semana passada eu fui assistir o filme Tropa de Elite, com a mesma sensação de alguém que comete um crime. Fui assistir para me purificar, mergulhando em um poço que eu imaginava tenebroso, até quem sabe, com um certo tesão em ser mal, querendo gozar com a violência. Não com a violência estética de lixos fascistas, como naquele filme 300, com cabeças e braços voando em câmera lenta, nem com o Chuck Norris ou outros assassinos americanos.

Eu e milhões de brasileiros fomos assistir o filme Tropa de Elite para sentir o prazer da vingança, interpretado pelo ilustre Wagner Moura que ficou genial nesse papel.

Esse filme é mais que um filme é uma experiência. Ninguém foi vê-lo apenas, fomos senti-lo e vê-lo na sala. No Tropa de Elite a importância não está na narrativa, não está no que ele concluiria ou nos ensinaria, a importância é em ter nos transformado em personagens. As milhares de cópias piratas buscadas com fome nos camelôs de todo o Brasil, as platéias fissuradas mostram que nós somos os personagens de um país sem enredo, que estamos famintos na espera de que algo aconteça, de que alguma forma de justiça faça nesse país, de que alguma organização apareça, de que não haja somente aquela polícia podre, de oficiais pegando o jabá do jogo do bicho, de que hajam heróis incorruptíveis e machos vingadores de nossa insegurança.

As multidões foram ver porque querem que esse filme seja uma espécie de resposta. Não interessa se o Tropa de Elite é um filme ruim ou bom. O que vai contar é a fome de solução que este desperta nas pessoas. O filme exibe a nossa impotência diante do crime e da desordem republicana, nossa dolorosa decadência provocada pela política imunda que paralisa este país, como vemos no show de sordidez dos últimos dias no Senado brasileiro.

O Brasil e a Burocracia

Amigos, esses dias eu estava lendo o jornal e li que recentemente a ONU divulgou um estudo provando que no mundo a burocracia e seus métodos de “tartaruga aleijada” provocam além de corrupção, prejuízos de mais de 2 Bilhões de dólares por ano.

Já no Brasil a burocracia nasceu em 1.500, ela veio com Cabral nas caravelas e é um dos vícios portugueses plantados aqui. A burocracia visava fortalecer o poder da coroa, tornando os empresários sem iniciativa, dependentes do rei e depois da República, de modo que a sociedade servisse ao Estado e não o Estado servir a sociedade, como é nos países desenvolvidos.

Na realidade, a burocracia inventou o Brasil. A idéia de uma sociedade criativa, empreendedora sempre repugnou os chefes coloniais (eu tinha uma professora de história que sempre dizia isso!) e até hoje as empresas são vistas com desconfiança, já o emprego público é desejado desde a infância. A mãe de um amigo meu dizia: “- Ahhh, quando meu filho quando crescer vai trabalhar no Banco do Brasil”.

A burocracia também dá poder a medíocres para que criem dificuldades e vendam facilidades. Essa é a nossa principal doença de onde vem muitos outros males. Com a aceleração do progresso tecnológico, aumenta o nosso caos de serviços. Nós somos uma carroça velha que tenta andar movida a computador.

A principal revolução desse país seria contra a burocracia. Mas como? Com um governo que é contra as privatizações, que já contratou mais de 40.000 burocratas, que quer acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Um governo que acredita no Estado Pai, um estado gigante, um Estado Deus sindicalista, o Estado “Lulão”.

Como é que vai poder ser feita à revolução contra a burocracia?

O suicídio do Senado Federal Brasileiro

Depois do suicídio que Senado vem cometendo, hoje só nos restam maldições bíblicas, assim ó:

“Malditos sejais, ó mentirosos, negadores, defraudadores, entrujões, embusteiros e vigaristas. Que a peste negra vos cubra de feridas pútridas, que vossas línguas mentirosas sequem, que vossas patranhas se transformem em cobras que se enrosquem em vossos pescoços, que entrem por vossos rabos e lá depositem venenosos ovos que vos depauperem em diarréias torrenciais, que vossas bocas se atrofiem sapos pustulentos que vos empedirão de beijar vossas amantes nos prostíbulos mentais onde viveis.

Malditos sejais ladrões gatunos, ratoneiros do dinheiro público, dos quais agandaiais 20% de todos os orçamentos, deixando viadutos imaginários no ar, pontes no nada e crianças mortas de fome, mortas de tudo, enquanto trombeteais inocência e honradez nas tribunas.

Que as maldições das pragas do Egito vos impeçam de comer os frutos de vossas fazendas escravistas, a carne de vossas boiadas imaginárias, que não possais deglutir o pão de vossas fornalhas nem o milho de vossos campos.

Malditas sejam as caras de pau dos ladravazes com seus sorrisos asquerosos e imundos, honradez ostentada, tranqüilo cinismo baseado na legislação que vos protegem há 4 séculos.

Malditos sejam os 40.000 canalhas infiltrados na máquina pública imperrando-a e sugando-a nas migalhas do Estado.

Tomara que sejais devorados pelos carunchos que rastejam nos arquivos empoeirados da burocracia que impede o país de andar para frente, que a poeira dos arquivos mortos vos sufoquem e envenenem como trigo roxo dos ratos.

Se esses canalhas prevalecerem sempre, voltará o dragão do atraso com 7 cabeças e 10 chifres e 7 coroas em cada cabeça e a prostituta da miséria brasileira virá montada nele, berrando as blasfêmias todas, vestida de vermelho segurando uma taça cheia de abominações e de suas fornicações e ela estará bêbada com o sangue dos pobres e em sua testa estará escrito: Mãe de toletrizes, mãe de todos os ladrões que paralisam o nosso país.

Portanto, só nos resta isso, maldizer como na Bíblia!

Que a peste negra vos devore a alma políticos canalhas que vossos cabelos com brilhantina vos cubram de uma gosma repulsiva, que vossas gravatas bregas vos enforquem e que vossos bigodes apodreçam no ar de Brasília.”