segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O homem não ouve ninguém

Amigos,

A inflação está nos ameaçando de novo! Por quê?

O nosso país só tem 1% do orçamento para investimentos públicos e para financiar o crescimento da iniciativa privada. As contas externas estão se deteriorando, o déficit em transações comerciais correntes podem virar um pesadelo. Mas o Lula ignora tudo, contra a opinião de todos os economistas e empresários no mundo. Se o Brasil não “sanear” o déficit que suga o país estaremos ferrados em médio prazo.

O que fazer para o Lula ouvir o óbvio?

Sei lá, eu imagino até pedir para alguém falar com ele, convencê-lo, ou então... a Dona Mariza, de noite, no Alvorada: “Lula, meu amor, diminua os gastos públicos, “tá” todo mundo falando nisso.

Mas o Lula não ouve, se levanta de mau humor e sai andando de pijama pelo Alvorada. No meu delírio eu penso até em um “milagre”, Lula anda pelo palácio e do nada surge uma voz grave:

- Luuuuuuuuuuulaaaaa, meu filho!
- Quem me fala? (diz Lula)
- Sou eu, DEUS!
- Oi “companheiro” Deus, tudo jóia?
- Lula, se você não contiver os gastos públicos, o Brasil vai andar prá tras. Ouça-me, pelo amor a mim!
- Mas “companheiro” Deus, eu não posso. É ano eleitoral e os aliados não vão gostar disso.
- Mas Lula é o óbvio!
- “Companheiro” Deus, não tem “pobrema”, quando a inflação voltar será no fim do meu governo. O meu sucessor que se vire , e é até bom que isso aconteça. Em 2014 me chamam de volta prá salvar o país... 70% de ibope né Senhor?
- Mas Lula, isso é para o seu bem...
- Não “companheiro” todo-poderoso, o Estado sou EU. Quem vier depois - se me permite - que se dane!
- Lula, que “Alá” te proteja, pois eu vou “sair fora”. Você é mais esperto que eu!
- Tchau “companheiro” Deus, dê lembranças ao Filho e ao Espírito Santo.

É isso aí, meus amigos... o homem não ouve ninguém!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Horário eleitoral: um maravilhoso álbum de figurinhas

Amigos,

Olha só, eu voltei...

Certa vez um escritor (com a mesma mania de não citar nomes...) dizia que só os idiotas não acreditam nas aparências. Eu acho que amanhã receberei mais um milhão de e-mail´s dizendo que eu sou um burro, tudo bem... o que posso fazer.

Continuando o meu “trote”, minha “cavalgada” às vezes eu bato com a minha ferradura numa pedra e sai uma faísca, e sem querer eu falo algumas coisas, como por exemplo, começou o horário político obrigatório (depois da novela das 8). Que maravilhoso que é aquele “álbum de figurinhas”, que imagens preciosas para conhecermos o Brasil.

Eu fico hipnotizado diante dos desfiles de candidatos. É fascinante ver nas caras, nas “carantonhas”, nas “fuças” a história do nosso atual tempo político. Os candidatos a prefeitos são mais arrumadinhos, mas a turma dos aspirantes a Vereadores é atordoante. Que pensará um jovem que vai votar pela primeira vez diante deste “trem fantasma” de propostas, de carinhas e de falas absurdas. Muitos, talvez, desistam de acreditar na democracia. Prá quem sabe olhar, encontra raríssimos vestígios de sinceridade, de desejo patriótico, de real vontade de servir o País.

O horário dos vereadores parece um programa de agência de empregos, quase todos que estão ali estão afins de uma “boca”: bons salários, assessores, carro com chapa branca, carteirinha prá poder berrar no boteco – “Sabe com quem você está falando? Eu sou um Vereador, meu chapa!” Principalmente porque agora apareceram os cabos eleitorais que traficam por aí (principalmente no Rio de Janeiro). Todos eles falam que resolverão os problemas que são dificílimos de resolverem, fazem promessas que são impossíveis de cumprir, mas no fundo ninguém liga muito porque ninguém lembra em quem votou para Vereador (nem eu sei em quem eu votei).

E as roupas? E as gravatas? E os nomes das “figuras”? Só não vou citar nomes, pois a lei eleitoral proíbe, mas é cada nome... cada apelido. E o que mais que inquieta é que o Vereador não é um político menor, não é um poder “irrelevante”. Não, ali se forjam os futuros Deputados Estaduais, Federais, Senadores e até ministros. Eles são os cabos eleitorais municipais que formam o pedestal da vida pública brasileira.

Por isso olhem bem, meus amigos, pelo amor de vocês mesmos olhem as caras. Devem ter homens de bem neste meio, mas olhem as bocas, as narinas, os olhos, as orelhas, pois elas dizem tudo.

Não votem em quem parece um “sem vergonha”, pois como se diz lá no Rio: quem parece, quase sempre é!