quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Horário eleitoral: um maravilhoso álbum de figurinhas

Amigos,

Olha só, eu voltei...

Certa vez um escritor (com a mesma mania de não citar nomes...) dizia que só os idiotas não acreditam nas aparências. Eu acho que amanhã receberei mais um milhão de e-mail´s dizendo que eu sou um burro, tudo bem... o que posso fazer.

Continuando o meu “trote”, minha “cavalgada” às vezes eu bato com a minha ferradura numa pedra e sai uma faísca, e sem querer eu falo algumas coisas, como por exemplo, começou o horário político obrigatório (depois da novela das 8). Que maravilhoso que é aquele “álbum de figurinhas”, que imagens preciosas para conhecermos o Brasil.

Eu fico hipnotizado diante dos desfiles de candidatos. É fascinante ver nas caras, nas “carantonhas”, nas “fuças” a história do nosso atual tempo político. Os candidatos a prefeitos são mais arrumadinhos, mas a turma dos aspirantes a Vereadores é atordoante. Que pensará um jovem que vai votar pela primeira vez diante deste “trem fantasma” de propostas, de carinhas e de falas absurdas. Muitos, talvez, desistam de acreditar na democracia. Prá quem sabe olhar, encontra raríssimos vestígios de sinceridade, de desejo patriótico, de real vontade de servir o País.

O horário dos vereadores parece um programa de agência de empregos, quase todos que estão ali estão afins de uma “boca”: bons salários, assessores, carro com chapa branca, carteirinha prá poder berrar no boteco – “Sabe com quem você está falando? Eu sou um Vereador, meu chapa!” Principalmente porque agora apareceram os cabos eleitorais que traficam por aí (principalmente no Rio de Janeiro). Todos eles falam que resolverão os problemas que são dificílimos de resolverem, fazem promessas que são impossíveis de cumprir, mas no fundo ninguém liga muito porque ninguém lembra em quem votou para Vereador (nem eu sei em quem eu votei).

E as roupas? E as gravatas? E os nomes das “figuras”? Só não vou citar nomes, pois a lei eleitoral proíbe, mas é cada nome... cada apelido. E o que mais que inquieta é que o Vereador não é um político menor, não é um poder “irrelevante”. Não, ali se forjam os futuros Deputados Estaduais, Federais, Senadores e até ministros. Eles são os cabos eleitorais municipais que formam o pedestal da vida pública brasileira.

Por isso olhem bem, meus amigos, pelo amor de vocês mesmos olhem as caras. Devem ter homens de bem neste meio, mas olhem as bocas, as narinas, os olhos, as orelhas, pois elas dizem tudo.

Não votem em quem parece um “sem vergonha”, pois como se diz lá no Rio: quem parece, quase sempre é!

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom que você voltou... estávamos com saudades de você!

Como sempre, você está SUBLIME! Continue sempre assim.

Grande beijo e fica com Deus.